quinta-feira, 28 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Como escrever bem - parte 2

Ao se preparar para escrever algo, alguns passos devem ser seguidos. O primeiro deles é identificar claramente sobre o que você vai escrever. Se você não tem a mínima idéia do que dirá no texto, é melhor procurar alguma fonte de informação que possa lhe auxiliar, ou correrá o risco de dizer algo equivocado. Saber sobre o que se vai dizer é metade da tarefa, a outra, aliás, é transformar tudo em palavras, ligá-las de forma adequada e, se for o caso, melhorar a construções e as ligações, em um segundo momento, geralmente. 

Bem, se você já tem em mente o que irá abordar no texto, precisa escolher a forma como fará isso. Essa fase é como escolher as suas roupas para vestir: se você vai ao cinema, usa um tipo de roupa, entretanto, se vai ao velório, usa outro tipo, e se vai a praia (ou esquiar), um outro, diferente dos anteriores, mas você precisa ter no seu guarda-roupa todos esses modelos, pois não sabe quando será preciso utilizá-los. Assim, se vai escrever para seu blog (internet/informal), para um jornal (jornalismo/internet) ou uma tese de doutorado (acadêmico), deve se encaixar no estilo esperado pelos que irão lê-lo. Jamais o contrário. Além disso, escrever bem não se refere unicamente ao texto em si, mas o modo como você o apresenta aos seus leitores.

Como escrever bem - parte 1

De modo geral, pessoas que escrevem bem leem muito. Diariamente. Incessantemente, às vezes.A leitura treina o cérebro. A leitura nos garante novas possibilidades de textos, novo vocabulário, novas idéias, novos estilos até. Leia blogs, leia gibis, jornais, leia de tudo, mas privilegie as pessoas que escrevam bem, pois elas podem te ensinar mais sobre como escrever do que os que escrevem não adequadamente. Mas preste atenção: se você quer escrever bem, não pode ler mal. O modo como se lê também é importante. Ler é ler, certo? Errado. Não são todas as pessoas que lêem da mesma maneira... Ler como lazer não é como ler para aprender. Infelizmente.

Passo seguinte: escrever. Quem quer escrever bem, escreve. E escreve. E escreve. Porque você pode ler todos os livros da biblioteca do rei Salomão, mas, se jamais escrever algo, quando escrever, seu primeiro texto escrito estará fraco e imaturo. O segundo texto geralmente sairá melhor que o primeiro e assim por diante. É treino. Você já aprendeu a ler, já o fez suficientemente, agora treine escrever suas próprias histórias e seus próprios personagens... O texto passa a fluir mais tranqüilamente quando já se escreveu dezenas deles pela vida. Você passa a arriscar mais, repete construções que lhe agradaram, insere vocabulário novo, sabe o que interessa ao leitor, sabe, enfim, escrever.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O princípio da consistência

O princípio da consistência é elemento importante no estilo e pode ser analisado de três formas complementares: consistência da expressão gramatical; consistência de categoria; consistência de sequência.
  1. A consistência de expressão gramatical é violada quando, na enumeração de três itens, o primeiro é um substantivo, o segundo, uma frase e o terceiro, um período completo, o que confunde e distrai o leitor. Outro exemplo seria a enumeração cujos itens se iniciassem, ora por substantivo, ora por verbo. Vejamos: na redação científica, cumpre observar, entre outras regras: (1) terminologia precisa; (2) pontuação criteriosa; (3) não abusar de sinônimos; (4) evitar ambiguidade de referências – Observe como fica melhor: (1) terminologia precisa; (2) pontuação criteriosa; (3) sinonímia restrita; (4) referências precisas.
  2. A consistência de categoria reside no equilíbrio que deve ser mantido nas principais seções do capítulo ou subseções da seção. Um capítulo cujas três primeiras seções se referem, respectivamente, aos aspectos tecnológicos, econômicos e sociais dos sistemas de informação, e a quarta seção que trate de ferramentas de análise e desenvolvimento de sistemas de informação, está desequilibrado. A quarta seção, sem dúvida, apresenta matéria de categoria diferente da abordada pelas três primeiras, devendo pertencer a outro capítulo.
  3. A consistência de seqüência está relacionada à ordem que deve ser mantida na apresentação de capítulos, seções e subseções do trabalho. Embora nem sempre a seqüência a ser observada seja cronológica, existe lógica inerente ao assunto em qualquer enumeração. Uma vez detectada, a lógica determinará a ordem em que capítulos, seções, subseções e quaisquer outros elementos devem aparecer. Seja qual for a seqüência adotada, o que importa é que esta deve refletir organização lógica.

Estilo do texto científico

O estilo na redação de trabalhos científicos deve ter por referência princípios básicos que devem ser observados de modo a garantir o máximo de isenção e clareza na descrição da atividade de investigação desenvolvida.
Os princípios indispensáveis à redação acadêmica, comuns a outras formas de escrita, podem ser resumidos nas seguintes características: clareza; precisão; comunicabilidade e consistência.
A redação é clara quando não deixa margem a interpretações diferentes da que o autor deseja comunicar. A linguagem rebuscada, cheia de termos desnecessários, desvia a atenção do leitor, servindo apenas para o confundir.
A falta de clareza do texto aparece muitas vezes acompanhada de ambiguidade, falta de ordem na apresentação de idéias, utilização excessiva de termos com pouco uso na língua. O texto correto expõe os conceitos e a lógica pretendida em seqüência que estimule o prosseguimento da leitura.
O autor é claro quando usa linguagem precisa, quando atribui a cada palavra empregada o sentido exato do pensamento que deseja transmitir. É mais fácil ser preciso na linguagem científica do que na literária, uma vez que nesta última a escolha de termos é bem mais ampla. De qualquer forma, a seleção de termos inequívocos e a cautela no uso de expressões coloquiais (de uso comum: por exemplo, quer chova ou faça sol; ou das duas, uma) devem constituir preocupação sempre presentes na redação acadêmica.
A comunicabilidade é característica essencial na linguagem científica, os assuntos devem ser tratados de maneira direta e simples, expondo a lógica e a continuidade que sustentem as idéias defendidas.
A pontuação também deve ser usada criteriosamente, proporcionando pausas adequadas à compreensão do texto. Pontuação em excesso cansa o leitor e, quando deficiente, não oferece clareza.
Por último, o princípio da consistência é elemento importante no estilo e pode ser analisado de três formas complementares: consistência da expressão gramatical; consistência de categoria; consistência de seqüência.
  • A consistência de expressão gramatical.
  • A consistência de categoria.
  • A consistência de seqüência.

BookCrossing

Você sabe o que é BookCrossing?

BookCrossing é o conceito que veio para transformar o mundo numa biblioteca.
Essa prática consiste em deixar um livro num local público, para que outro leitor o leia e, por sua vez, também deixe esse livro em qualquer outro (ou o mesmo) local público.
Você pode registrar esse livro em http://www.bookcrossing.com.br/
Isso não é obrigatório, mas se você registrar, fará mais parte do conceito que é "Ler, Registrar e Libertar".
Para quem é extremamente apegado aos seus livros vale praticar um pouco o desapego!
Acesse o site http://www.bookcrossing.com.br/ e entenda melhor o conceito.

domingo, 24 de abril de 2011

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

As novas regras ortográficas já estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009, e de acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, haverá um período de transição até 2012 em que serão válidas as duas formas de escrever: a antiga e a nova.

sábado, 23 de abril de 2011

A função da Pontuação

A função dos sinais de pontuação é orientar o leitor para a melhor maneira de percorrer os textos que escrevemos.

A relação entre quem fala e quem ouve é muito mais simples que a relação entre quem escreve e quem lê. Quando falamos, somos mais facilmente entendidos do que quando escrevemos, porque, junto com as palavras pronunciadas, fornecemos também entonação, ritmo, pausas, gestos. Isso tudo serve como instruções sobre como esperamos ser compreendidos. Além disso, o ouvinte também contribui para o sucesso da comunicação, pois ele emite sinais de que está ou não acompanhando nosso discurso. Isso nos dá a oportunidade de refazer ou reforçar o que estamos dizendo. 

Na escrita, nada disso existe. O leitor está sozinho diante daquilo que escrevemos. Nosso texto não vem carregado das ênfases ou das sutilezas de tom que fazem parte da fala. Ele se materializa apenas como letras e sinais que distribuímos organizadamente no papel, na esperança de que o leitor possa compreender o que pensamos ter escrito. 

O texto é uma estrada a percorrer. Imagine que você terá de sinalizar uma estrada novinha, ainda sem uso. Imagine que ela é apneas uma extensa faixa de asfalto liso, sem manchas ou buracos, que vai de um ponto a outro do estado. Quando for inaugurada, no entando, deverá estar completa, com as faixas pintadas e com todos os sinais e placas necessários espalhados ao longo da via. A tarefa que lhe deram é vital para o motorista que vai passar por ali, pois é através da sinalização da estrada que o motorista será avisado de tudo aquilo que ele precisa saber para fazer uma viagem segura. Tudo  o que não for previsível para o motorista deverá ser assinalado ao longo do trajeto: estreitamento de faixas, desnível entre pista e acostamento, curvas, trechos sem visibilidade para ultrapassagem, velocidade máxima, etc. Quanto mais bem sinalizada a estrada, mais segura será a viagem

O texto, exatamente como a estrada, é uma linha que deve ser percorrida de um ponto a outro. Quanto mais bem pontuada uma frase ou um texto, maiores as chances de que a mensagem seja entendida pelo leitor tal como o autor a idealizou. Aqui entram os sinais de pontuação, os quais equivalem às placas e aos sinais da rodovia e, como estes, devem ser usados também para assinalar tudo o que for inesperado ou imprevisível na estrutura normal de nossa língua. A pontuação assinala modificações introduzidas nos padrões normais da frase; por causa disso, jamais um sinal de pontuação poderá interromper um vínculo sintático essencial. Jamais haverá pontuação separando o sujeito do verbo, o verbo de seus complementos, o termo regente do termo regido, o termo modificado do seu modificador.

Jamais devemos esquecer, portanto, que os sinais que colocamos em nossos textos estão ali para ser vistos pelos olhos do leitor, para avisá-lo de alguma coisa. Se os colocarmos nos lugares adequados, vamos ajudar o destinatário a processar confortavelmente nossa mensagem e a extrair dela  o significado que tínhamos em mente ao escrevê-la. É por isso que só pontuam bem aqueles que conseguem se colocar na mente de quem vai lê-los, isto é, aqueles que conseguem ler seu próprio texto com os olhos de outrem para se antecipar a suas possíveis dificuldades e hesitações.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Resumo de Textos

Resumir um texto é reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. É a síntese das idéias do texto e não das palavras ou frases. Fazer resumos é útil para se aprender a relacionar as idéias principais do texto e entender com clareza o assunto.

CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DO RESUMO
a- Não iniciar com expressões do tipo "O autor diz...", "O texto mostra...".
b- Não apresentar juízos críticos, opiniões próprias,
c- Não colocar exemplos nem explicações desnecessárias,
d- Manter a progressão em que as idéias aparecem, observando os elementos conectores,
e- Utilizar linguagem clara e objetiva,
f- Evitar transcrição de frases do texto.
g- A extensão do resumo deve ter de 10 a 15 por cento da extensão do texto original.
ETAPAS NO PROCESSO DO RESUMO
a- Leitura integral para tomar contato com o texto,
b- Esclarecimento de eventuais dúvidas de vocabulário,
c- Releitura para identificação do tema e sua delimitação,
d- Destaque das palavras-chave das idéias de cada parágrafo,
e- Elaboração do esquema das idéias do texto, atentando-se para o relacionamento entre elas.
f- Montagem do texto, seguindo a progressão das idéias.
OBSERVAÇÃO:-    Se o texto a ser resumido for de pequena extensão, basta fazer o esquema das idéias principais de cada parágrafo.
-    Se o texto for de grande extensão, um livro, por exemplo, será necessário apreender seu conteúdo através das partes ou capítulos.

Vírgula

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode ser ofensiva.
Não quero comprar seu porco.
Não quero comprar, seu porco.

Uma vírgula muda tudo.

ABI (Associação Brasileira de Imprensa): 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

Como escrever um livro - Mário Persona

Dicas para Diagramação



1) Estabeleça uma ordem hierárquica. Os leitores percebem rapidamente quais são as matérias mais importantes da página. As notícias principais ditam o tom da página.

2) Crie um centro de impacto visual. A imagem da matéria principal é o foco inicial de atenção dos leitores. Cada página deve ter um elemento gráfico dominante. Quase todas as páginas terão um elemento gráfico associado à matéria principal. O centro de impacto visual dá o tom da página. Se a matéria principal da primeira página é suave, os leitores automaticamente assumirão que a página inteira contém notícias suaves.

3) Organize. Os leitores estão sempre com pressa e a informação no jornal deve estar bem organizada para evitar confusão. A diagramação do jornal deve guiar o leitor ao que estiver procurando.

4) Contraste. Páginas de sucesso terão elementos verticais e horizontais. Também haverá elementos dominantes e secundários. Cada página terá uma matéria central, matérias principais e matérias secundárias.

5) Cor. A cor deve ser usada como um recurso informativo e não como decoração. É preferível usar cores apenas em fotos e gráficos. A cor também ajuda a guiar o leitor ao ler uma matéria. Os diagramadores devem usar cores baseadas em um raciocínio lógico. Lembre-se de usar cores com moderação.

6) Tipografia. Quanto maior for a variedade de letras e corpos usados, maior a probabilidade de confundir o leitor. Os editores devem investir mais tempo escrevendo as manchetes das matérias do que decidindo que tipo de corpo de letra usar no texto.

7) Surpreenda o leitor. Todos os dias o jornal deve dar ao leitor uma surpresa – uma manchete, foto, matéria, diagramação ou gráfico – que é tão extraordinária que ele desejará mostrar a surpresa para outra pessoa. O segredo: faça algo especial.

8) Rompa as regras. Regras foram feitas para serem rompidas, mas só se for por uma boa causa. Se as regras foram quebradas o tempo todo perde-se toda a coerência. Isso pode estragar a surpresa porque não há nada tradicional que sirva de comparação para o leitor. Diagramadores devem aventurar-se com as técnicas básicas. Não seja tão previsível ao ponto de ser chato.

9) Coerência. Mantenha as coisas no mesmo lugar todos os dias para que o leitor, que está sempre ocupado, não perca tempo procurando a informação.

10) Faça uma diagramação divertida. Peça a opinião de outras pessoas da redação e não tenha medo. Elabore um design simples, porem dinâmico. O conteúdo é a parte mais importante do design. Lembre-se de que o objetivo da diagramação é atrair o leitor para o interior do jornal.

(fonte: Mundo Editorial)

Curiosidade

De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem
as Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne
é que a piremria e útmlia Lteras
etejasm no lgaur crteo.
O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol,
que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa,
mas a plravaa cmoo um tdoo.

Sohw de bloa.


(retirado da internet) 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Trabalhos acadêmicos - estrutura básica

Geralmente, as instituições de ensino possuem seu próprio manual de orientação os alunos quanto à elaboração de trabalhos acadêmicos. Esses manuais seguem padrões de normalização e pesquisas aceitas no meio acadêmico. Entretanto, mesmo que cada instituição selecione uma forma para a apresentação de seus trabalhos, a estrutura básica de um trabalho acadêmico compreenderá sempre:
- elementos pré-textuais;
- elementos textuais;
- elementos pós-textuais.

Tipos de publicações

Livro. Segundo a UNESCO, considera-se livro a publicação com mais de 48 páginas; publicação não periódica.

Revista. É uma publicação periódica, com assuntos de interesse geral ou específico de uma atividade ou área do conhecimento.
Boletim. Publicação periódica com assuntos específicos de uma determinada atividade, dentro de uma área do conhecimento.
Folheto. Publicação não periódica, de 4 a 48 páginas no máximo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Preciso mesmo de um revisor?

Todo trabalho escrito, uma vez concluído, deve ser submetido a um revisor que não tenha interferido em nenhuma etapa de sua produção.

O autor, devido a sua familiaridade com o assunto e proximidade ao texto, quase sempre comete lapsos e equívocos que ele próprio não identifica em sucessivas leituras de seu trabalho.

Mesmo os orientadores acadêmicos formalmente responsáveis pelo acompanhamento da produção, pelos mesmos motivos anteriores, estão sujeitos a tais enganos e lapsos. É necessário que as revisões sejam feitas por profissionais compromissados com prazos e munidos de recursos no apoio a revisão.

Pilares da boa revisão

O revisor é um especialista textual e um especialista em leitura. No que diz respeito ao texto, são aspectos linguísticos que entram em jogo: padrões lexicais e terminológicos, padrões de coesão (específicos de gêneros textuais, por exemplo) e elementos sintáticos. No que diz respeito à leitura, são acessados aspectos extratextuais, de crítica literária, de teoria literária e de experiência de leitura. O revisor não é só um leitor. Ele é um leitor com experiência de leitura e representa todos os potenciais leitores do texto que revisa.

Autorevisão

O autor do texto pode fazer a auto-revisão? Ele é capaz para isso? Se entendermos revisão como interferências textuais visando melhorias que ampliem a clareza do texto, interferências que atingem palavras, frases, parágrafos, exclusões, inclusões, deslocamentos, etc, então podemos concluir que a auto-revisão pode, sim, ser feita pelo autor. Aliás, a auto-revisão deveria ser a primeira revisão pela qual um texto precisaria passar. Não a única, mas a primeira.

Entretanto, o que verificamos é que muitos autores veem a escrita como um processo de etapa única, em que o texto, uma vez escrito, não é mais alterado, afinal, quem escreve tenta escrever corretamente logo na primeira versão, não é mesmo? Nenhum autor iria primeiramente escrever errado para depois escrever certo, logicamente. Assim, raramente os autores fazem mudanças globais no texto, reescrevendo partes maiores, acrescentando ou tirando idéias. A maioria dos autores concebe a revisão com um recurso que é usado apenas quando algo sai errado na tentativa de escrever e que envolve aspectos superficiais da frase. Revisar seria apenas corrigir, dando um tratamento "cosmético" ao texto. Um trabalho a ser feito apenas para corrigir problemas superficiais de ortografia, pontuação e gramática. 

Autores raramente se auto-revisam porque não veem a revisão como um processo necessário na contrução do texto. Não acham que seus textos foram mal construídos, nem que possuem, eles próprios, baixa competência linguística. Assim, autorevisões não ocorrem com maior frequência devido a uma resistência passiva do autor em não querer revisar seu texto. Infelizmente.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Autores e Revisores

O texto sempre será do autor. Cabe ao revisor ajudá-lo a melhorar, tirar as arestas, mas jamais tomar a obra como sua. A intervenção do revisor só é válida para melhorar. No texto bem revisado, nosso trabalho não aparece. Quem tem de se destacar é o próprio texto.